quinta-feira, 5 de abril de 2012

INTELIGENCIA EMOCIONAL

O comportamento humano depende de vários fatores, tanto racionais como irracionais. Conheça alguns segredos que podem ajudar você a manter as suas emoções sob controle, já que os conflitos não são gerados pelas situações, mas sim pela sua maneira de abordá-las e interpretá-las.

Atleta profissional precisa primeiramente conhecer suas emoções para então ter diferencial em seu trabalho.
O controle emocional  é classificado como o diferencial entre sucesso e fracasso na vida de qualquer um. A incapacidade de observar nossos próprios sentimentos nos deixa à mercê deles. Portanto, a preparação no aspecto psicológico pode ser um fator preponderante para o desempenho esportivo.
A inteligência emocional caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento e características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança. Esta é uma maneira alternativa de ser esperto, não em termos de QI, mas em termos de qualidades humanas do coração. Para um atleta atingir um estágio de inteligência emocional, contudo, ele precisa atender a cinco aspectos. Só a partir disso é que ele pode garantir que o lado psicológico não vai ter interferência em seu rendimento em campo.

O primeiro ponto fundamental para a inteligência emocional no futebol é o atleta conhecer seus sentimentos. As pessoas que se conhecem se sentem mais à vontade para tomar decisões e isso só acontece com um processo contínuo de atenção, paciência e dedicação.
Depois de conhecer suas emoções, o atleta profissional precisa saber lidar com isso. A inteligência emocional torna fundamental um controle da irritabilidade e da ansiedade, bem como uma aceitação perante aos problemas ou simplesmente sentimentos negativos.
Outro ponto importante para um atleta atingir um estágio de inteligência emocional é a capacidade de se automotivar. O esportista mais bem sucedido invariavelmente é o que consegue utilizar suas emoções para se aproximar das metas. É só a partir do controle emocional e da manutenção da motivação que um atleta consegue reprimir a impulsividade e manter a meta como diretriz principal de sua carreira e sua vida.
O quarto aspecto fundamental para a inteligência emocional é a empatia (reconhecer as emoções dos outros). Aliás, essa é a aptidão pessoal mais importante para qualquer relacionamento. A empatia gera altruísmo e faz com que as pessoas estejam muito mais suscetíveis aos problemas dos outros, sempre prontos para manipular as emoções de uma forma positiva.
Para terminar, o quinto ponto importante para a inteligência emocional é admitir as diferenças dos outros e aprender a conviver com essa diferença. A interação entre pessoas psicologicamente distintas sem que aja uma agressão (psicológica) entre elas é um desafio que só pode ser alcançado a partir de um comportamento que possibilite desabafar e ouvir sempre que preciso.
 
A desvalorização das emoções interfere e atrapalha nossos relacionamentos. O emocional é muito importante, pois somos seres emocionais e, nas horas menos convenientes, podemos ser dominados pelas emoções e fazer bobagens.



                                                                                               AILTON FRAGNAN - 04/05/12



quarta-feira, 4 de abril de 2012


STENT - A BENDITA MOLINHA.....

Na medicina, um stent é uma endoprótese expansível, caracterizada como um tubo (geralmente de metal, principalmente nitinol, aço e ligas de cromo e cobalto) perfurado que é inserido em um conduto do corpo para prevenir ou impedir a constrição do fluxo no local causada por entupimento das artérias.



                                    Aplicações

A principal proposta do stent é impedir diminuições significativas no diâmetro de vasos ou dutos. Os stents são freqüentemente utilizados para aliviar o fluxo sanguíneo diminuído aos órgãos devido a uma obstrução de modo que mantenham um aporte adequado de oxigenio. Embora o uso mais comum dos stents seja nas artérias carótidas, coronárias e ilíacas, eles são amplamente utilizados em estruturas tubulares, como as arterias e veias centrais, ductos biliares, esofago, colon, traqueia, ereteres e uretra.

CATETERISMO CARDÍACO - DIAGNÓSTICO
O cateterismo cardíaco é um procedimento invasivo, ou seja, um procedimento no qual é colocado um cateter, que é um tubo fino, comprido e mole, em uma veia ou artéria que são vasos sangüíneos que chegam até o coração, para estudos. Pode ser feito pelo braço  por dissecção (com um pequeno corte) e pelos punhos ou pelas virilhas por punção (com uma agulha).
O procedimento utiliza cateteres para registros de pressões, colheita de amostras sanguíneas e injeções intra-cardíacas de contraste radiopaco. Neste procedimento são usados Raios-X na forma de fluoroscopia para dirigir o cateter ao local a ser estudado e cinefluoroscopia para registro de imagens digitalizadas em CD. Para cada local a ser explorado usam-se cateteres de medidas e angulações diferentes. A aparelhagem fornece imagens digitais e sinais vitais tanto de adultos como de crianças, em tempo real e com grande riqueza de detalhes.

Com muitos equipamentos como monitores de vídeo a realização desse procedimento é feita em ambiente escuro. Quando feito pelo braço é preciso retirar os pontos depois de 8 dias. Quando feito pelo punho o paciente permanece em repouso por três horas e o curativo compressivo é trocado depois de duas horas para curativo oclusivo. Quando feito pela virilha o paciente permanece em repouso, sem mexer a perna, onde fez o procedimento, por cinco horas e é colocado um curativo compressivo (bem apertado) no local. Pode ocorrer hematoma no local (fica roxo), mas desaparece em alguns dias. Todos os curativos devem ser retirados após 12 horas.
Para todos os pacientes existe a necessidade de se tomar alguns cuidados antes do procedimento que serão fornecidos por ocasião do agendamento.
Hoje, o cateterismo cardíaco tem-se desenvolvido muito, sendo o exame mais preciso que se tem conhecimento para o diagnóstico de problemas cardíacos, como o entupimento (obstrução) de uma artéria do coração. Na maioria das vezes, é um procedimento essencial para que se possa realizar cirurgia cardíaca.
Todos os exames são realizados por um médico especialista junto com a equipe de enfermagem e técnicos preparados que utilizam inclusive, roupas especiais para cirurgia. Geralmente, o paciente permanece acordado, e ajuda o médico na realização de seu exame como: respirando profundamente, segurando o ar nos pulmões por alguns segundos, repetidamente.
A anestesia é local no adulto e na criança o procedimento é realizado sob anestesia geral.

ANGIOPLASTIA CORONÁRIA COM COLOCAÇÃO DE STENT
A angioplastia coronária é um procedimento terapêutico para a abertura de um entupimento de uma artéria do coração usando-se um cateter que possui um pequeno balão na sua ponta. Nesses casos este balão está envolvido por uma pequena mola de aço inoxidável entrelaçado, chamada de “stent”. O balão e o stent são colocados vazios no local onde existe o entupimento (obstrução) e o balão é inflado (cheio) com soro e contraste radiopaco.
Quando o balão é inflado o Stent também de abre, pressionando a obstrução contra a parede da artéria. Após o balão ser desinflado e retirado, o “stent” fica na posição permanentemente, mantendo a artéria aberta. O procedimento pode ser feito pelo braço direito por dissecção, punhos ou virilhas por punção. O mais comum é realizar pelas virilhas (regiões inguinais).
A Angioplastia Coronária com colocação de Stent é muito importante, pois, pode evitar que se faça uma cirurgia no coração para colocação de pontes. Todo o procedimento é visualizado através de monitores de vídeo e suas imagens gravadas em CD, exatamente onde foi realizada a abertura da obstrução que causava problemas ao coração.
Como no cateterismo diagnóstico, o procedimento é feito por médicos especialistas junto com a equipe de enfermagem e técnicos preparados que usam roupas especiais para cirurgia. Na Angioplastia Coronária o paciente também permanece consciente, auxiliando o médico na realização do procedimento. Recomenda-se ao paciente que ao sentir qualquer sensação diferente (dor no peito ou braço esquerdo, ânsia de vômito, calor, coceira e outros), avise imediatamente ao médico ou a equipe de enfermagem presentes na sala de procedimentos.
Após o procedimento, o paciente fica com curativo oclusivo no local, pois, permanece com o introdutor que é um pequeno cateter bem curto e com válvula para não sangrar. Isto é preciso, pois, o paciente recebe doses altas de anticoagulante (para afinar o sangue) que é necessário para a realização da Angioplastia Coronária. O introdutor será retirado após a normalização da coagulação sanguínea e para isto são realizados exames de sangue.
Com a retirada do introdutor é feito um curativo compressivo (bem apertado) no local e o repouso será de cinco horas. Para a realização da Angioplastia Coronária com Colocação de Stent é necessário internação hospitalar de 01 a 03 dias.

AILTON FRAGNAN 04/04/12

terça-feira, 3 de abril de 2012

Cruzado anterior – será mal de craque?

Por Ailton Fragnan.
Tudo começou com ele: Luigi ( Portugal)
Ailton (Inglaterra)
Dalton Sakai (Espanha)
Luis Cláudio (Nova Zelândia)
Marcão (México)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Mary (Seleção Brasileira de Vôlei),
Entre outros de anos anteriores.

O joelho é a maior articulação do corpo, estando bastante susceptível a lesões, o que contribui para a alta incidência de lesões do ligamento cruzado anterior.
A fisioterapia é um método terapêutico aplicado na recuperação dos pacientes com este tipo de lesão, submetido ou não a cirurgias. Baseia na utilização técnicas como cinesioterapia, eletroterapia, crioterapia e outras técnicas apropriadas para este tipo de lesão.
O ligamento cruzado anterior, faz parte da articulação do joelho, estando localizado na parte central da cápsula articular, fora da cavidade sinovial. Durante a flexão o feixe ântero-medial tenciona-se e o feixe póstero-lateral relaxa sendo que esse processo é invertido durante a extensão.
Com a ruptura do ligamento cruzado anterior o joelho perde a atuação referente a este ligamento. A alta incidência de lesões neste ligamento leva a uma evidência de instabilidade do joelho impõe uma solução terapêutica que seja bem sucedida, uma vez que esta lesão pode trazer conseqüências desagradáveis para as atividades da vida diária.
Baseados no fato de que a maioria dos pacientes portadores de lesão do ligamento cruzado anterior necessita de reabilitação, e sabendo-se que a fisioterapia tem atuado cada vez mais nesta área, é necessário que o profissional da fisioterapia saiba como atuar, auxiliando na reabilitação destes pacientes.

ANATOMIA DO JOELHO

A articulação do joelho é considerada uma das maiores e mais complexas estruturas da anatomia humana. Sua articulação é do tipo gínglimo, permitindo o movimento de flexão, extensão e um certo grau de rotação. A articulação do joelho é formada por três ossos, fêmur, tíbia, patela (osso sesamóide) ao qual, por ser um osso sesamóide, permite movimentos diferentes dos outros, e as estruturas são cápsula articular, estruturas extracapsulares e intracapsulares, e membrana sinovial.

Cápsula articular

A cápsula articular é delgada, membranosa em sua parte posterior, em sua parte anterior é formada em grande parte pelo tendão do quadríceps, patela e ligamento patelar, ela se insere posteriormente na superfície articular dos côndilos femorais e linha intercondilar, se fixa nos côndilos tibiais e ao longo das linhas oblíquas se estendendo até a tuberosidade da tíbia. Esta ausência da cápsula entre o tendão do quadríceps, na face anterior do fêmur esta constituída a bolsa supra patelar que pode ser fechada ou isolada da cavidade articular do joelho. Posteriormente a cápsula articular apresenta uma fenda na qual o músculo poplíteo se origina, sendo esta reforçada constituindo o ligamento arqueado.
Os tecidos fibrosos densos ( tendão, ligamento e cápsula articular) são de suma importância na estabilidade e mobilidade do sistema musculoesquelético, eles se diferem em forma local, estrutura, composição e função, tendo em comum a inserção no osso e a resistência a cargas.
Os tendões demonstram a força do músculo para o osso, o ligamento e a cápsula articular estabiliza a articulação entre o osso adjacente e permitem a direção do movimento. Quaisquer tipos de lesão que os afeta podem desestabilizar a articulação e levar a perda da função.

Estrutura extracapsular e intracapsulares

Os ligamentos extracapsulares são os ligamentos colaterais mediais e laterais. O ligamento colateral medial se origina no epicôndilo medial do fêmur e se insere na face antero medial da tíbia, e sua superfície profunda esta compactada a cápsula articular e menisco medial. O ligamento colateral lateral se origina no epicôndilo lateral do fêmur estendendo-se até a cabeça da fíbula.
As estruturas intracapsulares são: os meniscos lateral e medial que são estruturas cartilaginosas situadas no côndilo da tíbia apresentam-se mais espessos em suas bordas, os ligamentos transversos que se unem às porções anteriores dos meniscos laterais e mediais, e ligamentos cruzados que são responsáveis pela estabilidade do joelho.
Os ligamentos cruzados foram descobertos por Galeno em 170 d.C., não sendo descrita sua função.
O primeiro registro sobre uma ruptura de ligamento cruzado descrito foi em 1850. A descrição inicial da tríade de lesão do ligamento cruzado anterior, menisco medial e ligamento colateral medial, contribuindo desta maneira para um avanço no tratamento dos ligamentos cruzados. O ligamento cruzado anterior mede aproximadamente 38mm de comprimento e 10 mm de largura, originando-se na face póstero – medial do côndilo femoral lateral, inserindo-se na interespinha da tíbia, a maior parte do seu suprimento sangüíneo é dado pela artéria genicular média e sua inervação é feita pelo nervo tibial.
Os ligamentos cruzados se encontram estirados em todos os movimentos, obtendo estiramento máximo com a perna em extensão, desta maneira o ligamento cruzado anterior impede o deslizamento do fêmur sobre a tíbia posteriormente, enquanto o ligamento cruzado anterior impede o deslizamento do fêmur sobre a tíbia para frente.
O ligamento cruzado anterior é a principal estrutura que controla o deslocamento anterior do joelho é composto por feixes antero medial e póstero lateral, o feixe antero medial estende e o póstero-lateral encurta durante a flexão.

BIOMECÂNICA DO LCA E MECANISMO DE LESÃO

Quase sempre a lesão é dada por uma manobra de torção, e desaceleração súbita geralmente seguida de estalos e hemartroses presente dentro de poucas horas, ou ainda abdução com rotação externa e hiperextensão.
A laceração do cruzado anterior tbem pode ocorre a partir de uma torção valga e rotação de joelho estando o pé firme no chão (exercício de cadeia cinética fechada).
A pequena frouxidão provocada por uma insuficiência do ligamento cruzada anterior poderá determinar no joelho dos esportistas, a necessidade de uma intervenção para corrigir uma instabilidade. É necessário diferenciar no tratamento das lesões ligamentares do joelho todos os grupos de risco e procurar, na escolha correta de uma conduta terapêutica, aquela mais adequada para o paciente.

As lesões do ligamento cruzado anterior podem ser graduadas em graus: I onde a lesão é leve, com presença de edema, sensibilidade local, com rompimento de alguns ligamentos sem perda funcional; II lesão do tipo moderada, onde grande parte dos ligamentos encontram-se rompido seguido de instabilidade na articulação, não demonstrando perda completa da integridade do ligamento; III – lesão do tipo grave, havendo rompimento completo das fibras ligamentares.

Exame físico
A dor pode ser intensa e duradoura, mínima passageira ou estar entre os dois extremos. Sendo descrita como dor localizada profundamente na articulação, podendo estar sem localização específica, freqüentemente é localizada na parte anterior ou lateralmente. Sendo a pontada intensa. A dor pode se tornar leve e constante ou desaparecer completamente,
Um terço dos pacientes relatam estalos no momento da lesão, o derrame articular pode ocorrer com rapidez posteriormente à lesão, a maioria dos pacientes apresenta dor ao realizar movimentos e dificuldade na deambulação, em um estágio mais tardio pode ocorrer falseeis seguidos de dor e edema, que podem se tornar repetitivos.


TESTES ESPECIAIS
Para se testar a instabilidade do joelho e integridade do ligamento cruzado anterior, o paciente deve estar em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados a 90 graus e pés apoiados. O fisioterapeuta deve fixar os pés do paciente, sentando-se sobre eles, as mãos devem ser posicionadas de modo que envolva o joelho e os polegares estejam sobre as linhas articulares (medial e lateral), os outros dedos apóiam-se nas inserções dos tendões. Em seguida deve-se deslocar a tíbia anteriormente, se esta deslizar demonstrando sinal de deslocamento anterior significa que há uma lesão no ligamento cruzado anterior. Este teste é conhecido com teste de gaveta.
O teste de gaveta deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal com a perna fletida e pé repousando sobre a maca o fisioterapeuta deve colocar a mão por trás do joelho flexionado e puxar a tíbia exercendo uma tração no sentido anterior. Conforme o movimento apresentado determina-se se há lesão do ligamento cruzado anterior e o grau desta lesão.
O teste que nos dá a maior certeza de uma lesão no ligamento cruzado anterior é o teste de Lachman que se diferencia do teste de gaveta apenas na angulação da flexão do joelho, neste deve estar com a flexão entre 20 graus e 30 graus, como no teste de gaveta, deve se observar o deslocamento anterior realizado entre o fêmur e a tíbia, devendo ser considerado durante o deslocamento a firmeza do ponto final deste deslocamento o que vai ser muito importante para determinar a gravidade da lesão ocorrida no ligamento cruzado anterior.
O teste de MacIntosh, nos evidência a mudança e eixo do joelho, fato este que muitas vezes é descrito pelo paciente durante a anamnese. Este teste é realizado com o joelho em extensão e estresse em valgo, é realizado com uma mão no joelho e a outra no tornozelo, deve-se durante o teste flexionar o joelho, o sinal a ser mostrado pelo joelho lesionado é o de luxação do platô tibial para frente quando a flexão estiver em cerca de 20 graus a 40 graus.
O teste do deslocamento do pivô (pivot shift) demonstra subluxação anterior e redução da tíbia com redução da tíbia com a flexão e extensão do joelho de 10 graus a 40 graus, em decorrência de ruptura do ligamento cruzado anterior.
Para o
teste de desvio do pivô, o paciente deve permanecer em decúbito dorsal com a perna relaxada e quadril fletido a 30 graus com uma discreta rotação interna o fisioterapeuta deve estabilizar o pé do paciente com uma mão, enquanto a outra deve permanecer perto da cabeça da fíbula, deve-se aplicar uma força em valgo sobre o joelho, enquanto é mantida uma rotação interna da tíbia, os achados positivos são que em aproximadamente 30 graus a 40 graus a tíbia sofrerá uma subluxação seguida de um som surdo.
Os teste para verificação de grandes e pequenos derrames articulares. O teste para grandes derrames deve ser feito quando a uma suspeita da presença de grande quantidade de líquido, deve se estender à perna do paciente fazendo com que ele relaxe a musculatura principalmente de quadríceps, logo a seguir deve-se empurrar a paleta para o interior do sulco troclear e soltá-la rapidamente, a confirmação da existência de líquido se dá pela força feita exercida dentro da articulação pela movimentação deste fluido para as laterais. Já no teste para derrames menores, não há existência de liquido suficiente para deslocando a patela, sendo assim o teste deve ser realizado com a perna do paciente estendida e forçar a passagem do fluido contido no espaço.

EXAMES COMPLEMENTARES
Exames como radiografia e ressonância magnética auxiliam na comprovação de lesão ou fraturas do joelho e ainda na reconstrução ligamentar analisando os pontos de fixações corretos para o enxerto. As imagens apresentadas pela ressonância magnética ajudam no diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior por ser um exame fidedigno além de não ser invasivo, confirmando assim a lesão ligamentar.
Ressonância Magnética
Ressonância magnética tem auxiliado na avaliação da integridade dos ligamentos cruzados, porém o ligamento cruzado anterior só é visto na ressonância magnética se a técnica for bem efetuada. Para se considerada uma boa imagem, ela deve conter, cortes contínuos, coronais e sagitais. Quando o ligamento cruzado anterior estiver integro será observado a estrutura ligamentar escura e homogênea, com os cortes bem feitos podem ser acompanhados o trajeto para verificação da integridade do mesmo.
Artrografia
A artrografia na década de 80 era um dos exames mais comuns, com o surgimento da ressonância magnética sua utilização teve um déficit devido suas desvantagens de imagem, pois sua visualização exige mais habilidades do examinador. Na artrografia os ligamentos são vistos como linhas retas em toda sua extensão, as rupturas são identificadas por curvas onduladas ou ausência destas linhas.
Tomografia computadorizada
A tomografia não é eficaz devido à visualização eventual dos ligamentos cruzados.
Exame artroscópico
A artroscopia consiste em várias incisões de tamanho pequeno pelas quais são inseridos os instrumentos que possuem um sistema de lentes e iluminação o qual possibilita uma melhor visualização das estruturas de dentro da articulação, acoplando esse artroscópio há uma câmara de televisão em miniatura, que transmite as imagens para uma tela maior, o qual permite uma visualização dos meniscos, cartilagens e ligamentos, podendo em determinados casos, diagnosticar tipo e grau da lesão e se necessário, a reparação ou correção da lesão. O tempo de duração e recuperação depende da complexidade do problema. De forma que cada artroscopia é única para cada paciente e o tempo de recuperação dependerá do mesmo.
Exame radiográfico (RX)
As radiografias com incidência antero-posterior, perfil e merchant são negativas, porém podem revelar uma avulsão na inserção tibial do ligamento cruzado anterior ou ainda da margem capsular lateral da tíbia .
Radiografias deverão ser feitas em todos casos de lesões, ela é fundamental para afastar fraturas articulares, deslocamentos epifisários ou para detectar pequenos arrancamentos que poderão caracterizar lesões de natureza grave.


MÉTODOS DE TRATAMENTO
A deficiência do ligamento cruzado anterior permite o desenvolvimento de condutas em métodos operatórios ou não operatórios para o tratamento. A comparação é pouco difícil entre os estudos pelas muitas variáveis encontradas: duração, retrospectivos versus prospectivos, incidência de patologia meniscal e ligamentar associada, lesão cartilaginosa associada, alinhamento do joelho e características do paciente como, peso condicionamento e estilo de vida.
O ligamento cruzado anterior não tratado adequadamente pelo método conservador, leva a uma frouxidão anterior, instabilidade rotatória e rotura meniscais, tendo um aumento nas alterações radiográficas da diminuição do espaço articular e osteoartrite.

A principal dificuldade ao tratar de indivíduos com este tipo de lesão é prever a instabilidade funcional que pode seguir-se, já o prognóstico é mais difícil de ser avaliado, pode-se dizer que um pequeno número de pacientes com lesões isoladas de ligamento cruzado anterior podem evoluir ou não apresentar nenhuma instabilidade funcional em suas atividades práticas,
porém em um número um pouco maior de pacientes apresentarão algum tipo de instabilidade.

O tratamento de uma lesão de ligamento cruzado anterior deve ser diferenciado de acordo com a idade do paciente, prática de atividades e presença de lesões associadas.
Tratamento Conservador
O programa de tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível visto que, os princípios para um tratamento adequado são de não deixar estabelecer qualquer tipo de atrofia muscular que possa ocorrer posteriormente à lesão, causando assim uma deficiência no joelho lesionado.
A função do ligamento cruzado anterior é de impedir a movimentação anterior tendo em vista a sua ruptura é importante reabilitar a musculatura posterior da coxa e preservar a força do quadríceps. Podem ser aplicados métodos que incluem a natação e fortalecimento sem sustentação de peso, como andar de bicicleta. Tendo a força do paciente atingido os padrões aceitáveis, o mesmo deve receber suportes como órteses e retornar às suas atividades de vida diária.
Na lesão parcial ou total do ligamento cruzado anterior, deve ser considerado o tipo de paciente, suas atividades diárias e suas pretensões físicas. Para praticantes de esportes o tratamento conservador nas lesões de ligamento cruzado anterior é extremamente prejudicial, pois provoca uma diminuição sensível no nível e no tipo de atividade, sendo na maioria dos casos impossível o retorno à atividade física.
utilizado com recursos ainda a hidroterapia, o uso da cama elástica com intuito de trabalhar a propriocepção e ganho de amplitude de movimento. O fisioterapeuta durante a sua terapia deve estar atendo os efeitos do tratamento e se necessário mudar, adaptar ou interromper as sessões.

Tratamento pré-cirúrgico
No pré-cirúrgico devem ser estabelecidas algumas medidas para que seja obtido o restabelecimento total da ADM, ausência de edema e dor, diminuição do padrão da marcha flexora, recuperação da força muscular e preparação psicológica para a reconstrução. Essas medidas fisioterapêuticas têm demonstrado uma rapidez na recuperação pós-cirurgica.
Tratamento cirúrgico
O enxerto do tendão patelar, possui propriedades que indicam que seu tecido possui maiores propriedades biomecânicas, sendo retirado do mesmo joelho a ser operado. Tal cirurgia consiste na retirada de um fragmento ósseo da patela, o tendão patelar e um fragmento ósseo da tíbia.
Este tendão é resistente e as presenças de fragmentos ósseas propiciam uma boa fixação do enxerto. A cirurgia é realizada retirando-se primeiramente o enxerto do tendão patelar em seguida é realizada a avaliação artroscópica da articulação através das vias infrapatelares medial e lateral, tratando as lesões artroscopicamente.
Finalizada a artroscopia é realizada a lavagem articular com soro fisiológico e iniciada a reconstrução ligamentar. Para isto se utiliza um fio guia que será passado através da cortical medial do terço superior da tíbia, direcionada para o ponto isométrico da inserção do ligamento cruzado anterior, ao se direcionar o guia corretamente é feita à perfuração com uma broca formando um túnel tibial, este mesmo processo se realiza na perfuração no fêmur.
Nos fragmentos ósseos são colocadas amarras de aço que servirão como sistema de fixação do enxerto através dos túneis perfurados. Após a colocação do enxerto na posição correta é realizada a fixação ao fêmur e à tíbia com as amarras de aço e os parafusos. Dando a eles o máximo de tensão possível como joelho a 30 graus e a perna rodada externamente. Apesar de suas desvantagens tais como: ruptura do tendão patelar; disfunção fêmuro-patelar; alterações radiológicas e outras é atualmente a mais utilizada, podendo conter algumas alterações no seu procedimento, mas acima de tudo com resultados satisfatórios, e vantagens como: menor tempo para a recuperação, retorno as atividades físicas mais rápido. Com diminuição do tempo cirúrgico e melhor aspecto estético, por sua incisão ser pequena. A recuperação depende também de um acompanhamento fisioterápico logo após a cirurgia, para que não se tenha nenhuma seqüela.
Considerando a cirurgia necessária, o ortopedista dispõe de três alternativas: separação primária, reconstrução intra-articular e reconstrução combinando a intra e extra-articular, porém antes de estabelecer o método a ser utilizado é importante estabelecer pré-requisitos que mostrarão o sucesso da operação. Para uma reconstrução ser bem sucedida o paciente deverá ter todos movimentos funcionais, e ter o mínimo de complicações futuras.
A fisioterapia deve ser iniciada logo após a cirurgia, sendo somente encerrada na alta do paciente, deve-se especificar os exercícios dependendo do tipo da lesão, é iniciado com imobilização pós-operatória preservando esta por dois dias somente, sendo contra-indicado o uso de apoio durante a imobilização. Logo após a retirada da imobilização é recomendado o uso de muletas até a recuperação completa da ADM articular.
A reconstrução do ligamento só tem sentido quando se promove o fortalecimento dos isquiotibiais como medida de precaução, o novo ligamento deve ser mais resistente do que o anterior e com cicatrização total do processo cirúrgico podendo assim ser preparado para suportar as constantes movimentações do joelho promovidas pela anteriorização da tíbia.
Tratamento pós-cirúrgico
Logo após a cirurgia é comum a presença de dor, edema e logo após uma diminuição da ADM, existindo uma grande possibilidade de um surgimento de atrofia do quadríceps, que pode ser causada por estímulos dos receptores da articulação, estes estímulos são provocados pelo edema. Na fase pós-cirúrgica a fisioterapia deve ter como meta à diminuição de edema para que desta maneira possa-se evitar uma possível inibição reflexa do músculo quadríceps, é recomendado o uso de gelo e a elevação do membro ajudando na diminuição do edema.
Deve ser realizado ainda um treinamento proprioceptivo, este treinamento é fundamental em exercícios que estimulam resposta muscular. Podem ser usados como exercícios de ganho de propriocepção os que estimulam a capacidade do paciente em reconhecer a posição estática ou dinâmica em que a articulação se encontra.
Os exercícios e técnicas proprioceptivas são de importância fundamental devendo ser obrigatórios em todos os programas de reabilitação das lesões de ligamento cruzado anterior, citam ainda que há uma maior necessidade de investigações cientificas para uma melhor confirmação a respeito da propriocepção.

Muitos pacientes conseguem deixar de usar muletas na segunda a quarta semana, quando a dor e o edema são mínimos e controle muscular do membro inferior está presente. Antigamente, a maioria dos programas de reabilitação pós-cirúrgico de ligamento cruzado anterior davam enfoque aos exercícios de cadeia cinética aberta, exercícios estes realizados com o pé, em posição livre ou não estacionária. Um exemplo clássico de um exercício de cadeia cinética aberta é aquele de extensão do joelho. Na posição sentado os exercícios de cadeia cinética fechada. realizados com o pé na posição fixa, reduzem as forças de translação tibial anterior da tíbia sobre o fêmur, dando carga compressiva fisiológica a articulação. Quando o paciente atingir a flexão completa inicia-se um programa com bicicleta ergométrica, onde a meta é pedalar pelo menos 20 minutos por dia com o aumento gradual da resistência respeitando a tolerância do paciente. Já na quarta semana após a cirurgia, o paciente pode iniciar outros exercícios em cadeia cinética fechada, como subir degraus. Pode também ser iniciado um programa de natação em torno da terceira ou quarta semana. Os exercícios de natação incluem exercícios de chutar com uma prancha, bicicleta aquática e caminhada e corrida dentro da água.
A fase intermediária de reabilitação começa em torno de oito semanas e continua até se completarem quatro meses. Durante esta fase, a finalidade é em primeiro lugar continuar a desenvolver resistência e força muscular, proteger o enxerto realizado no ligamento cruzado anterior de forças intensas de rotação anterior, proteger articulação patelofemoral de cargas excessivas que a prejudiquem e iniciar o treinamento proprioceptivo.
Os exercícios isométricos para o fortalecimento dos isquiotibiais podem ser iniciados. O paciente é orientado a aumentar o tempo dedicado aos exercícios, em vez de aumentar a carga muito rapidamente. O programa de exercícios deve ser aumentado para 20 a 30 minutos, duas vezes por dia. A dor patelofemoral é comumente encontrada nas reconstruções do ligamento cruzado anterior, sendo uma das razões mais comuns de impossibilidade de se prosseguir no programa de reabilitação. É importante tentar minimizar sua ocorrência, por uma série de razões.
Na fase final as metas são continuar o fortalecimento muscular, o treinamento proprioceptivo, iniciar o programa de corrida, indicar o treinamento da agilidade e retornar aos esportes. Deve ser dada continuidade ao programa de fortalecimento da fase intermediária. Se o paciente não apresentar dor ou edema, tiver ADM total e não ter marcha claudicante, inicia-se o programa de corrida em linha reta, é iniciado um programa de caminhadas rápidas ao ar livre ou uma esteira rolante ou trote dentro da água, inicialmente, em dias alternados. Nos dias em que não fizer exercícios, deve seguir com o fortalecimento muscular. Quando o paciente for capaz de caminhar um ou dois quilômetros ou saltitar dentro da água por vinte minutos, estará pronto para passar para corrida ao ar livre. É permitida apenas corrida em linha reta, em superfície nivelada ou macia. São realizados tanto movimentos de corrida para frente que enfatizam a função do quadríceps, como para trás, que focalizam a função dos músculos isquiotibiais. O paciente deve ser controlado de perto para se detectar a ocorrência de dor ou edema. É então adicionado ao programa o exercício de pular corda, que desenvolve tanto a resistência muscular como a propriocepção da articulação. Antes de se avançar para os exercícios de agilidade, o paciente deve ser capaz de completar o programa de corrida com velocidade sem dor ou edema. Posteriormente, a maioria dos pacientes está pronta para começar os exercícios de agilidade. Quando o paciente puder completar os exercícios de agilidade sem apresentar dor ou inchação, poderão ser iniciados exercícios específicos para esportes.

Tipo de chuteira adequado para cada gramado

Por Ailton Fragnan.
De uma maneira geral, atualmente existem três espécies importantes quanto às características das travas das chuteiras: 1. trava de pino ou trava arredondada, que proporciona facilidade importante de giro do pé que está apoiado sobre o gramado, no momento de estabilização, ação motora de mudança de direção ou deslocamento; 2. trava longitudinal ou trava quadrada ou trava retangular (também conhecida no ambiente futebolístico como “dente de tubarão” ou ainda, “barbatana de tubarão”, pelo formato característico das travas), c) trava mista, uma composição contendo os dois tipos de travas destacados anteriormente, colocados em pontos estratégicos da sola da chuteira. Vale observar que o número de travas existentes variam em conformidade com os modelos e tipos dos fabricantes.
A visão dos especialistas
Muitos especialistas relatam parecer importante sobre o grau de participação das chuteiras nas lesões de joelho dos jogadores de futebol.Para o Dr. René Jorge Abdalla, renomado ortopedista do Hospital do Coração – HCor , o rompimento do ligamento cruzado anterior de joelho (LCA) pode ter influência de muitos fatores como chuteiras, condições do gramado, excesso de treino e fadiga muscular, pelo fato do futebol atual estar mais competitivo e vigoroso que no futebol do passado. Os solados das chuteiras não tem mais aquela série de pinos, e sim travas achatadas dispostas de maneira longitudinal, que prendem o pé do jogador ao chão em determinadas circunstâncias, podendo facilitar a ocorrência de entorses. Também relata um detalhe importante: “além das chuteiras ‘dente de tubarão’, que foram comprovadas cientificamente por serem uma das causas das lesões dos atletas, temos que observar ainda os gramados (se tiverem muito seco, maior o risco de lesões), o excesso de treino também pode causar fadiga muscular, além da idade dos jogadores. Os  traumas mais freqüentes que promovem lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) são as torções e “choques” direto contra o joelho e durante práticas esportivas, o joelho é forçado a uma posição anormal resultando em ruptura de um ou mais ligamentos.
Existe uma incidência no mundo de que a lesão se dá no começo ou no final do jogo, ou quando o jogador não está adequadamente aquecido e a musculatura não está potencialmente ativada, ao qual interfere na velocidade de reação do jogador e nas respostas à estímulos mais rápidos no jogo. Os jogadores não estão se aquecendo corretamente. Mal-aquecido, o jogador entra numa estafa e não consegue manter o que nós chamamos de “reação da coxa” para segurar o joelho.
As chuteiras de trava de pino arredondadas (mais antigas) biomecanicamente conseguem girar 1 (um) milímetro quando o pé está apoiado, poupando desta forma qualquer prejuízo ao ligamento. Por outro lado, as chuteiras com trava longitudinal provoca maior fixação do pé apoiado, impedindo seu giro na ação seguinte de movimento, e isto não é bom, pois desencadeia sobrecarga articular. A maioria dos jogadores com lesão do ligamento cruzado utilizavam as chuteiras de trava longitudinal. Pode existir lesão com as chuteiras de trava arredondada, mas não com está incidência. Tanta ocorrência da lesão do LCA não pode ser comparada à fatalidade (fatalidade é o mesmo que ser assaltado uma vez na avenida Rebouças em São Paulo, mas trezes vezes deixa de ser considerado fatalidade). Hoje se fortalece as estruturas que suportam o joelho e a manutenção muscular é importante pelo excesso da atividade física provocada pelos jogos, as chuteiras modernas, de todos os fabricantes, possuem travas bem mais longas do que as antigas. Elas entram fundo no gramado e muitas vezes travam a perna do jogador.
O médico esportivo Dr. José Luiz Runco, um dos grandes expoentes da área, em depoimento ao referido programa esportivo (Redação Sportv; ) destacou que, felizmente, a evolução da medicina esportiva tem permitido o retorno à atividade normal do jogador de futebol nos gramados esportivos, após tratamento e recuperação da lesão de joelho. Entretanto, José Luiz Runco não acredita que o equipamento seja o causador de alguns tipos de lesões: pode ser que seja a quantidade de jogos, o desgaste físico, considerando-se que o ritmo de jogo no futebol atual é muito intenso. Acho muito difícil que a culpa seja dos gramados, porque temos visto muitas lesões na Europa, também, e lá os gramados são tapetes. Também acho difícil que a culpa seja das chuteiras, que são muito modernas e leves, hoje em dia. Acho que o problema é mesmo a intensidade dos jogos.
O médico da Sociedade Esportiva Palmeiras, devido a ocorrência de muitas lesões de joelho dos jogadores palmeirenses, fez a seguinte ressalva quanto ao tipo de chuteiras produzidas pelos fornecedores de materiais esportivos em geral: “aquelas com travas longitudinais são ruins. Elas fixam o pé do jogador no campo e o atleta não consegue girar. A força de tração está sendo maior do que o ligamento (do joelho) pode agüentar.
Émerson Leão, técnico de ponta do futebol brasileiro, quando treinador do Clube Atlético Mineiro, em fevereiro de 2009, mencionou a seguinte frase em uma entrevista coletiva à imprensa esportiva, referindo-se à incidência de lesão do ligamento cruzado: “eu nunca vi estourar tanto ligamento cruzado como está estourando. Sempre critiquei esses novos materiais esportivos, as chuteiras. Jovens jogadores já começam a profissão sofrendo um trauma muito grande, que é uma cirurgia delicada”. O treinador lembrou que não é especialista no assunto, mas reclama que as chuteiras são muito leves e flexíveis, diferentes das que ele usava na época em que era jogador. Ele enfatiza também o fato de que os jogadores estão mais fortes.
Para Leão, as travas são as grandes vilãs dos joelhos: “eu não usaria chuteira que não tivesse trava redonda, pois esse modelo gira conforme seu corpo. Já as travas retangulares não giram, o que vai girar é o ligamento e a faca no joelho”. O treinador também destacou que clubes do exterior já proíbem certos tipos de chuteiras: “eu sou um crítico, mas sou meio que uma voz sozinha. No exterior, alguns grandes clubes depois de cinco, seis cirurgias de ligamento cruzado, proibiram certas chuteiras, porque os atletas representam, antes de mais nada, a felicidade do torcedor e o patrimônio do clube. Não se pode perder por uma simples vaidade de cor ou de guerra por propaganda.
Fabricantes defendem as chuteiras
As empresas fabricantes de chuteiras publicaram um comunicado de esclarecimento à imprensa esportiva: a Nike e a Adidas, que fabricaram as chuteiras usadas por muitos jogadores lesionados naquele ano, soltaram notas comentando a possibilidade de seus equipamentos estarem prejudicando atletas. A Nike não comentou especulações: “informamos que nossas chuteiras são desenvolvidas a partir de informações dos atletas e, antes de chegarem ao mercado, são submetidas a exaustivos testes para que possam colaborar para desempenho dos jogadores em campo”. Já a Adidas citou até pesquisa feita por um médico alemão: “as travas TRAXION, presentes no modelo Predator da Adidas, existem desde 1995 e são utilizadas por jogadores como Kaká, Michael Ballack, David Beckham, Zinedine Zidane, entre outros. Um estudo independente realizado em 2006, na Alemanha, pelo Dr. Albert Gollhofer, do Instituto de Ciências do Esporte da University of Freiburg, concluiu que as travas Traxion exercem menos pressão sobre os ligamentos do tornozelo e do joelho do que outros seis tipos de travas estudadas, oferecendo proteção adicional ao atleta”.
CAMPO SECO: GRAMA ALTA
É recomendável o uso: CHUTEIRAS SOCIETY OU CHUTEIRAS DE TRAVAS BAIXAS ARREDONDADAS.
2) CAMPO SECO: GRAMA BAIXA
Neste caso, é recomendado preferencialmente, CHUTEIRAS SOCIETY. Lembro que estas também possuem travas, menores é claro, mas suficientes para gerar a estabilidade. As chuteiras de campo de TRAVAS BAIXAS ARREDONDADAS, podem ser utilizadas, desde que respeitado o princípio biomecânico da uniformidade da distribuição das travas e se o jogador já adquiriu informação proprioceptiva do calçado.
3) CAMPO MOLHADO: GRAMA ALTA
Não se discute, neste caso, quanto à necessidade de se utilizarem CHUTEIRAS DE TRAVAS ALTAS, porém o ideal é preferir as chuteiras de TRAVAS ALTAS ARREDONDADAS e não as longitudinais. As de travas arredondadas geram mais estabilidade e, conseqüentemente, menor risco de lesão. Já as longitudinais, ao contrário, geram mais instabilidade e podem ocasionar lesões. Não se descarta porém, que possam utilizar chuteiras de travas baixas arredondadas, se o jogador julgar que exista possibilidade para isso, em virtude da qualidade do gramado, e de sua adaptação a determinado modelo.
4) CAMPO MOLHADO: GRAMA BAIXA
Pode-se utilizar neste caso chuteiras de TRAVAS BAIXAS ARREDONDADAS ou até mesmo chuteiras society (estas também possuem travamento diferenciado), já que a grande maioria dos modelos possui boa estabilidade para esta situação.
5) TERRENO DURO, CAMPO IRREGULAR
Indiscutível que se use CHUTEIRAS SOCIETY.
Considerações finais
Muitos especialistas julgam haver algum relacionamento relevante da participação das chuteiras com a incidência freqüente das lesões do ligamento cruzado dos jogadores de futebol, em treinos e nos jogos. Outros, por sua vez, observam a necessidade de maiores estudos científicos comprobatórios sobre o assunto, destacando que as demandas físicas dos jogadores e as intensidades dos jogos são muito mais potencializados nos dias atuais, comparadas às décadas passadas. Mas um fato chama a atenção: qual o valor do ônus de uma lesão de joelho?.

Leia atentamente. Gastos Energéticos no Futebol.

Por Ailton Fragnan.
Se você esta se preparando fisicamente para o futebol como recomenda o SAKAY, então entenda um pouco da produção de energia para este exercício( Futebol), lembrando aos mais catedráticos que não estou entrando no campo da bioquímica, com suas reações enzimáticas, isto é assunto para um próximo artigo. Leia o texto atentamente e entendera a importância de nossa lanchonete e na reposição eletrolítica que acontece a cada quarto de tempo. A reposição eletrolítica, tbém será assunto especifico que abordaremos em outros artigos, inclusive a nossa cervejinha ( sem álcool) ( valor energético= media de 44Kcal/100ml).

A energia é fornecida principalmente por carboidratos e gordura. Os carboidratos sejam eles açúcares ou amidos, são metabolizados pelo organismo em glicose, que é enviada para o sangue para uso imediato de energia, ou estocada como glicogênio. Uma parte fica armazenada no fígado, até que seja necessária para aumentar o nível de glicose do sangue para fornecer glicose ao cérebro; mas a maior parte fica armazenada nos próprios músculos.
A gordura fica armazenada nos tecidos adiposos e nas células musculares.
Metabolismo aeróbio: o corpo utiliza o oxigênio para queimar os carboidratos e assim fornecer energia para os músculos trabalharem.
Metabolismo anaeróbio: o corpo não necessita de oxigênio e utiliza apenas carboidratos.
Durante exercícios de baixa intensidade, o corpo funciona de forma aeróbia e a gordura é responsável por mais da metade da produção de energia. À medida que a intensidade dos exercícios aumenta, os carboidratos tornam-se a maior fonte de energia. Aumentando ainda mais a intensidade, chega-se a um ponto onde o corpo não consegue mais absorver oxigênio suficiente para sustentar o metabolismo aeróbio; além desse ponto, por exemplo, durante acelerações rápidas, a energia poderá ser produzida apenas de forma anaeróbia, utilizando principalmente os carboidratos.
1)- O metabolismo anaeróbio utiliza os carboidratos com grande rapidez. O processo produz também o ácido lático, que afeta os músculos causando a fadiga.
O treinamento capacita os músculos a retirarem mais oxigênio do sangue, aumenta o nível máximo de absorção de oxigênio. O treinamento aumenta a capacidade dos músculos de armazenar glicogênio. Estoques reduzidos de glicogênio limitam a capacidade do jogador de futebol a manter o desempenho na corrida de alta intensidade, principalmente na segunda metade do jogo.
Sem glicogênio, os músculos são forçados a recorrer à gordura como combustível. Uma vez que a gordura só pode ser metabolizada em níveis de baixa intensidade de exercícios. O jogador será forçado a ir mais devagar.
O nível de glicogênio muscular antes de uma partida irá influenciar o desempenho ao se aproximar o final do jogo. Este é um fator comprovadamente significativo, até mesmo nos níveis mais altos da partida.
CARBOIDRATOS
As boas fontes de carboidratos são os açucares, frutas, arroz, pães, massas, batatas ,cereais matinais, produtos de confeitaria e coquetéis.

Valores energéticos: 1 grama de carboidrato é igual a 4 calorias (4kcal)
É provável que os carboidratos sejam pelo fornecimento da maior parte da energia durante uma partida de futebol; sua contribuição é importante no metabolismo aeróbio, além de ser o único combustível disponível para exercícios anaeróbios de alta intensidade.
Sabe-se que a resistência na prática de exercícios é ampliada através do aumento da disponibilidade de carboidratos antes e durante exercícios extenuantes.
Hoje em dia existem cada vez mais evidências de que quanto maior for a disponibilidade de carboidrato, melhor será o desempenho nos exercícios de alta intensidade.
Entretanto, esquemas sobrecarregados de treinamentos, tempo de recuperação inadequado e traumas musculares podem tornar difícil à manutenção de estoques adequados de glicogênio no fígado e nos músculos. Portanto jogadores de futebol precisam esforçar-se para assegurar uma ingestão suficiente de carboidrato em sua dieta.
Para assegurar uma síntese adequada de glicogênio, os jogadores de futebol devem ser aconselhados a consumir 55-65% do total de sua energia diária na forma de alimentos com índice glicêmico alto ou moderado. Estes alimentos são básicos, conhecidos na maioria das regiões geográficas e adequadas a todas as culturas.

ANTES DOS EXERCÍCIOS

Alimentos ingeridos 1 hora antes dos exercícios devem fornecer de 1 a 2 gramas de carboidratos por quilo de peso corporal. Se a ingestão ocorrer 4 horas antes, a quantidade de carboidrato recomendada é de 5 gramas por quilo de peso corporal.
Carboidratos simples (açúcares) são de digestão mais rápida do que os carboidratos complexos (amido), e os líquidos são mais fáceis de ingerir do que os sólidos. Os jogadores que preferem não ingerir alimentos sólidos pouco antes da competição devem ser orientados a ingerir carboidratos líquidos.
DURANTE OS EXERCÍCIOS
Durante a prática de exercícios de resistência, o consumo de 25 gramas de carboidrato a cada 30 minutos pode retardar o aparecimento da fadiga.

APÓS OS EXERCÍCIOS
Os carboidratos ingeridos durante o período de recuperação ajudarão a repor os estoques de glicogênio no fígado e nos músculos. Podem ser consumidos de forma de amidos complexo ou carboidratos simples (exceto frutose), tanto na forma de líquidos quanto sólidos.
Os jogadores devem ser encorajados a consumir alimentos ricos em carboidratos logo após o final do jogo, mantendo o consumo nas duas horas seguintes. Este é o período em que os estoques de glicogênio podem ser repostos de maneira mais eficiente.

SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS
É repetidamente diminuir o glicogênio muscular através de exercícios intensivos, seguidos da ingestão de altas quantidades de carboidratos, mas pode causar fadiga, irritabilidade e diminuição da capacidade cognitiva.

ULTRACOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS
É diminuir a intensidade do treinamento associado a uma dieta rica em carboidratos de 3 a 4 dias antes da competição.

GORDURAS
As boas fontes de gordura são os óleos, manteiga, margarina e outros produtos cremosos, carnes leite e o grupo das nozes (avelãs, amêndoas etc…).

Valores energéticos: 1 grama de gordura é igual a 9 calorias (9 kcal).
PROTEINAS
As boas fontes de proteínas são a carne, leite, frango, peixe, produtos derivados do leite, grupo das nozes, ovos, leguminosas e grãos.

Valores energéticos: um grama de proteínas é = a quatro calorias (4kcal)
Exercícios contínuos, com duração e intensidade similares ao futebol, indicaram que as proteínas são responsáveis por cerca de 10% da produção total de energminoácidos podem se transformar em energia para exercícios através da utilização do oxigênio.

A importância dos Atestados Médicos

Por Ailton Fragnan
A avaliação médica pré-participação constitui-se uma medida fundamental para todos os indivíduos que pretendam iniciar qualquer programa de atividade física de caráter competitivo ou não. O grande objetivo da obrigatoriedade dessa medida encontra-se na tentativa de minimizar, ao máximo, as condições em que o exercício físico possa ser um fator desencadeante de acidentes diversos, dentre eles, a morte súbita por doenças cardiovasculares.
O exame clínico pré-participação e os testes de aptidão física devem ser realizados pelo médico assistente do cliente, que possua atuação em uma especialidade clínica com alguma relação com a fisiologia do exercício ou por um cardiologista ou preferencialmente por um especialista em medicina do exercício.
Atualmente um dos atos mais solicitados no nosso dia-a-dia médico é o “atestado para fitness” que muitas vezes é feito sem padronização alguma e, às vezes, com imprecisões que podem representar problemas futuros para o médico. É o caso de um recente atestado que libera o paciente “para atividades, mas evitando esforço físico” (sic), o que, no mínimo, é contraditório, outro é o que a grande maioria dos médicos atesta: que está APTO para a pratica de atividade física (qual seria essa aptidão spinning, musculação?).
O atestado médico é documento importante tanto para o paciente que o recebe quanto para o médico que o emite, sendo ato médico exclusivo”. O Código de Ética Médica reserva todo um capítulo para normatização da emissão de boletins e atestados, com oito artigos.
Quando solicitados e autorizados pelo paciente, temos o dever de fornecer atestado com a expressão fiel da consulta clínica (anamnese, exame físico e exames subsidiários) que forem necessários. A solicitação de atestado de liberação para atividade física pelo cardiologista é hoje muito frequente. A necessidade de comprovar a inexistência de doenças que possam causar morte súbita relacionada ao exercício implica a avaliação de todas as pessoas praticantes de atividades físicas, competitivas ou não.
Pela diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, e várias manifestações abalizadas em Congressos de Cardiologia, essa avaliação deve conter anamnese precisa, exame físico minucioso, com ênfase para o aparelho cardiovascular, e de exames complementares como o eletrocardiograma e o teste ergométrico, este recomendado para homens acima de 35 e mulheres acima de 45 anos.
Todas as instituições que ofereçam a prática esportiva ou que organizem eventos esportivos devem requerer um atestado médico, descrevendo para que tipo de atividade física o indivíduo esteja apto.